01 setembro 2006

DEPENDÊNCIA VIRTUAL


A dependência virtual atinge milhões de jovens no mundo, a ela está vinculada jogos de computadores, programas de mensagens instantâneas e a Internet, ferramentas utilizadas por muitas pessoas como meio de lazer ou até de trabalho, no entanto, para outros já é um vício.
O número de jovens que trocam a prática de desportos, o convívio com os amigos entre outros entretenimentos para ficarem em frente ao computador, aumenta de dia para dia, e a cada momento que utilizam este meio de entretenimento, do século XXI, tornam-se mais dependentes do mesmo, dando inicio ao “vício virtual”.

Muitos jovens passam tardes inteiras e às vezes noites em claro entretidos com jogos de acção, algumas vezes violentos, jogando on-line com qualquer pessoa do planeta.
Mesmo a própria Internet, chats, blogs, pornografia em geral podem levar o jovem à dependência.

Quantas vezes os jovens chegam a casa depois das aulas e vão directamente ao computador para jogar ou conversar com amigos, que muitas vezes, passam por eles na escola e nem os cumprimentam, mas que ao abrir uma programa de mensagens instantâneas, ficam horas à conversa!

A maioria dos jovens preferem conhecer pessoas virtualmente, em vez de as conhecer pessoalmente, o que induz cada vez mais ao isolamento social.
O uso inadequado e de forma abusiva do computador, pode levar a problemas de aprendizagem e comportamentais, tais como: agressividade, baixo rendimento e aproveitamento escolar, banalização da violência, desagregação da família, dessensibilização, desumanização e mecanização do indivíduo, dificuldades de aprendizagem, dissociação da realidade, fenecimento do vocabulário e da conversação, imitação, isolamento do convívio social e do contacto humano, passividade, vício…

Contudo, apesar de todas estas desvantagens, sabe-se também que o computador e os videojogos trazem benefícios, quando devidamente utilizados, tais como: incentivam a resolver determinadas situações, bem como a lidar com problemas do quotidiano; favorecem a capacidade de atenção e concentração; ajudam a fomentar a criatividade, uma particularidade fundamental na infância e na puberdade; melhoram significativamente o desenvolvimento intelectual; contribuem para uma melhor coordenação entre a mente e as mãos; aceleram a capacidade de reacção, que ajudam a pensar rápido mediante qualquer situação.

Eliana Neves