01 setembro 2006

DIFERENTES?! talvez não...



Já pensaste que a luta contra a descriminação e a promoção da diversidade começa em cada um de nós?

Sabes que uma forte participação dos jovens na sociedade pode contribuir para lutar contra a descriminação estrutural e promover a diversidade?

Sabes que o diálogo inter-religioso e intercultural são condições para a coesão social?

Muito em breve terás a oportunidade de pensar a sério nestas questões, a propósito da campanha “Todos Diferentes Todos Iguais”, levada a cabo pelo Conselho da Europa. Portugal junta-se, mais uma vez, a esta luta pelos direitos humanos, através do Instituto Português da Juventude(IPJ). Entretanto, informa-te em http://www.alldifferent-allequal.info/ para ficares com uma ideia do que se passa a nível europeu.


A frase "todos diferentes, todos iguais" há muito que entrou no nosso quotidiano, como forma de chamar a atenção para a necessidade de sermos tolerantes para com quem é diferente. Porém, esta mensagem é mais abrangente do que possas pensar.

Faz parte de uma campanha europeia que teve a primeira edição em 1995, e que volta agora com mais força, para combater o racismo, a xenofobia e outras formas de discriminação, como as relacionadas com questões de género, de emigração/imigração e de pertença a minorias.
Até Setembro de 2007, os países membros do Conselho da Europa estão apostados em promover os Direitos Humanos, a Participação e a Diversidade como formas de fomentar a justiça social e o exercício de uma cidadania plena.

Portugal não é excepção e, actualmente, está em vias de ser designado pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto o Comité Nacional que, muito em breve, irá avançar com a Campanha em território nacional, sob a coordenação do Instituto Português da Juventude.
O objectivo da Campanha "Todos Diferentes Todos Iguais", é "encorajar e proporcionar aos jovens a sua participação na criação de sociedades pacíficas, baseadas na diversidade e na inclusão". Desta forma, a juventude surge como o meio ideal para chegar a este fim.

O âmbito de actuação deverá ser articulado com as campanhas dos restantes países europeus e as suas actividades serão empreendidas a nível local e nacional, através de conferências temáticas, simpósios e seminários, eventos culturais, cursos de Educação e Formação e acções de sensibilização, entre outras.

Quanto à informação que se pretende passar, a Campanha a nível europeu irá assentar sobre três pontos-chave: ultrapassar a discriminação e promover a diversidade; o diálogo inter-religioso e intercultural; e a participação, democracia e boa governação. Pretende-se envolver o maior número possível de jovens, em especial aqueles que são vítima de discriminação incentivando a aceitação da diferença. Neste âmbito, o Conselho da Europa tem vindo a promover e a apoiar a realização de acções de formação em áreas relacionadas com a Campanha. O Conselho Nacional de Juventude, em parceria com o Instituto Português da Juventude, viram aprovado um projecto com vista à formação, em Educação em Direitos Humanos, de jovens que possam funcionar como multiplicadores dos objectivos da Campanha, a nível nacional, acção a realizar em Setembro de 2006, em Lisboa.

Nada sobre nós sem nós” é o princípio básico para assegurar a participação.

in: revista “Forum Estudante”, Agosto 2006, pág 6.