06 junho 2006

Editorial



Fazemos Amor?!

“O amor é uma actividade, não um afecto passivo; é um acto de firmeza, não de fraqueza...é propriamente dar, e não receber”.
(Erich Fromm)

É absolutamente extraordinário este pensamento… É de uma delicadeza e saber impar, como já há muito não lia e meditava. Falar do Amor… não é nada fácil… tanto mais que a palavra AMOR já encontrou tantos conceitos e realizações.
Já alguém viu o Amor ou o fotografou? Já alguém o mediu ou pesou? Já alguém o sentiu ou experimentou? Certamente que aqui muitos de vós responderam SIM…
Acredito, porque eu também.

O amor é um sentimento que brota do apreço que cada um tem por si próprio. Sim… não acredito, que alguém ouse gostar de outro sem gostar primeiro de si. O amor é também um sentimento que brota da relação que eu tenho por uma ou mais pessoas. Posso dizer - “Eu amo-te…”, quando me dirijo à minha esposa, ou aos meus filhos, no entanto são diferentes dimensões da palavra AMOR. O amor conjugal e o amor filial… o amor paternal/maternal e o amor fraterno… o amor a uma causa/projecto ou o amor a um objecto… o amor ao trabalho ou a uma instituição...

Na existência de cada um, o amor assume a maior e mais clara expressão da nossa sexualidade (a sexualidade humana é uma parte fundamental da nossa personalidade. É um modo de ser, de me manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano). É aquilo que me define como ser humano que sou…. Ouvimos e dizemos muitas vezes a expressão “Fazer Amor”… e fazemos amor quando nos gestos, palavras, actos e emoções mostramos aos outros quem somos e porque somos. Por isso, é tão importante fazer amor, com liberdade e responsabilidade…

Se entendo que na minha vida o Amor será sempre dar - isto porque não é um acto egoísta - então entendo, definitivamente, que o Amor é o melhor que há em mim e que eu dou aos outros.

Por isso, o AMOR é um acto firme e generoso.

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!
Carlos Reis