PROMOVER O SUCESSO E A INTEGRAÇÃO PARA COMBATER O INSUCESSO ESCOLAR
O conceito de insucesso escolar é cada vez mais, hoje em dia, abordado e debatido, quer por parte das autoridades educativas competentes, quer por parte de outros agentes educativos, como pais e professores. Embora não exista uma definição clara e consensual de insucesso escolar, regra geral, diz-se que um aluno apresenta insucesso escolar quando não atingiu os níveis de proficiência desejados/estabelecidos para uma disciplina, comprometendo, muitas vezes a sua progressão escolar.
Mas se é verdade que o insucesso escolar tenha aumentado nas últimas décadas, é também verdade, e em resultado da democratização do ensino, que o número de alunos também aumentou, trazendo novos problemas e desafios aos quais a escola nem sempre tem conseguido dar resposta.
Consideramos, no entanto, que o conceito de insucesso escolar não pode ser analisado de uma forma simplista, centrada exclusivamente na não concretização dos objectivos e competências pedagógicas por parte dos alunos. Neste domínio, encontram-se as causas associadas ao insucesso escolar, assunto que não tem também reunido muito consenso junto dos que se debruçam sobre a matéria.
Regra geral, considera-se que o insucesso escolar poderá estar associado a 3 vectores principais:
O aluno, e as suas características específicas, como atrasos de desenvolvimento cognitivo e traços de personalidade, assim como o meio familiar envolvente;
A escola, abarcando os professores e todos os factores a eles associados, como os métodos de ensino que utilizam; a gestão da disciplina; as expectativas que têm acerca dos alunos e até mesmo a tipo de formação que tiveram; o próprio clima escolar que se vive entre os alunos e o corpo docente; os currículos, muitas vezes desfasados das competências dos alunos, que não têm ainda os pré-requisitos cognitivos necessários ao acompanhamento do currículo, e aos quais não são reconhecidas outras competências que não as académico/científicas previstas no currículo;
O sistema educativo, que consideramos demasiado direccionalista, não apresentando grandes alternativas ao que está previsto/especificado para a maioria dos alunos, particularmente para aqueles que não pretendem ingressar no ensino superior.
Uma boa perspectiva de combate ao insucesso escolar, passa por promover o sucesso escolar, construindo uma escola aberta a todos e com o máximo de respostas à diversidade existente no meio. Um estudo transversal e longitudinal realizado por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, em escolas do concelho de Coimbra, aponta algumas variáveis que diferenciam alunos com sucesso e alunos sem sucesso escolar:
Autocontrolo (maior nos alunos com sucesso);
Atitudes face à escola (mais positivas nos alunos com sucesso);
Actividades extra-curriculares (mais frequentes nos alunos com sucesso);
Comportamentos anti-sociais (menos frequentes nos alunos com sucesso)
Torna-se, pois, fundamental promover um ambiente escolar que potencie o desenvolvimento das características associadas ao sucesso escolar, de forma a evitar as indesejadas retenções e, mais importante, a integrar em pleno os alunos na escola. Apelamos para uma nova escola com novos professores, novos materiais e novas metodologias e filosofias, promotora de uma sociedade mais justa, culta e humanizada.
Artigo retirado do site BICA, pesquisado por Eliana Neves.
Mas se é verdade que o insucesso escolar tenha aumentado nas últimas décadas, é também verdade, e em resultado da democratização do ensino, que o número de alunos também aumentou, trazendo novos problemas e desafios aos quais a escola nem sempre tem conseguido dar resposta.
Consideramos, no entanto, que o conceito de insucesso escolar não pode ser analisado de uma forma simplista, centrada exclusivamente na não concretização dos objectivos e competências pedagógicas por parte dos alunos. Neste domínio, encontram-se as causas associadas ao insucesso escolar, assunto que não tem também reunido muito consenso junto dos que se debruçam sobre a matéria.
Regra geral, considera-se que o insucesso escolar poderá estar associado a 3 vectores principais:
O aluno, e as suas características específicas, como atrasos de desenvolvimento cognitivo e traços de personalidade, assim como o meio familiar envolvente;
A escola, abarcando os professores e todos os factores a eles associados, como os métodos de ensino que utilizam; a gestão da disciplina; as expectativas que têm acerca dos alunos e até mesmo a tipo de formação que tiveram; o próprio clima escolar que se vive entre os alunos e o corpo docente; os currículos, muitas vezes desfasados das competências dos alunos, que não têm ainda os pré-requisitos cognitivos necessários ao acompanhamento do currículo, e aos quais não são reconhecidas outras competências que não as académico/científicas previstas no currículo;
O sistema educativo, que consideramos demasiado direccionalista, não apresentando grandes alternativas ao que está previsto/especificado para a maioria dos alunos, particularmente para aqueles que não pretendem ingressar no ensino superior.
Uma boa perspectiva de combate ao insucesso escolar, passa por promover o sucesso escolar, construindo uma escola aberta a todos e com o máximo de respostas à diversidade existente no meio. Um estudo transversal e longitudinal realizado por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, em escolas do concelho de Coimbra, aponta algumas variáveis que diferenciam alunos com sucesso e alunos sem sucesso escolar:
Autocontrolo (maior nos alunos com sucesso);
Atitudes face à escola (mais positivas nos alunos com sucesso);
Actividades extra-curriculares (mais frequentes nos alunos com sucesso);
Comportamentos anti-sociais (menos frequentes nos alunos com sucesso)
Torna-se, pois, fundamental promover um ambiente escolar que potencie o desenvolvimento das características associadas ao sucesso escolar, de forma a evitar as indesejadas retenções e, mais importante, a integrar em pleno os alunos na escola. Apelamos para uma nova escola com novos professores, novos materiais e novas metodologias e filosofias, promotora de uma sociedade mais justa, culta e humanizada.
Artigo retirado do site BICA, pesquisado por Eliana Neves.
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