01 outubro 2006

FAMÍLIA E ESCOLA


A escola faz parte do quotidiano familiar da criança e os pais devem estar envolvidos em todo o processo de aprendizagem.
A educação é algo de tão profundo e abrangente que não pode ficar entregue simplesmente aos professores, é algo que diz respeito a toda a sociedade, nomeadamente às famílias.
Não se pode pensar simplesmente, que a escola é o lugar onde os jovens passam os dias, com a obrigação de aprender alguma coisa e cujos professores têm todas as responsabilidades.
Por isso, quando os professores se pronunciam denunciando as causas das dificuldades com que a escola de hoje se debate, essa atitude demissionária dos pais e a sua falta de contacto com a escola, entre outras variáveis, aparecem com peso preocupante.
Pois, é visível, em bom número, os jovens que povoam a escola de hoje e que nela reflectem os seus problemas, assentes sobretudo em carências afectivas e na crise de valores.
A escola que, em geral, promove a criação no seu seio da Associação de Pais/Encarregados de Educação, organismo que integra o processo, com atribuições especificas e relevantes, que promove acções e projectos levados a cabo no domínio da aproximação Escola-Família, que pratica as normas chamando a família a uma colaboração mais estreita e mais eficaz no domínio das actividades escolares.
Esta escola deverá, assim, prosseguir nessas determinações e franquear as suas portas a um parceiro tão importante como é a família.
É à escola em situação de mudança e à família, duas instituições em evolução, que terão de encontrar caminhos, não só complementares mas também comuns, para dar sentido à educação integral dos nossos jovens, educação essa, que engloba o desenvolvimento harmonioso do saber, do saber-fazer, do saber-estar e do saber-ser.
Porém para que isto aconteça, é necessário atribuir tanto à família como à escola o verdadeiro estatuto de competência de quem deve usufruir para a formação no contexto da realidade humana.

Eliana Neves